por Leo Massarelli, CCO da Questtonó
Foi-se o tempo em que precisávamos explicar o que era design. Hoje diferentes estudos mostram o impacto positivo que essa disciplina traz para os negócios, como o ” The Business Value of Design” da McKinsey. Mas ainda ocorre que, ao pensar sobre design, logo as pessoas imaginam grandes empresas como os Googles, Apples, Ambevs e Naturas da vida. A verdade não é bem essa…
O design estratégico para startups e pequenas empresas se revela cada vez mais como “A” receita de sucesso.
Empreendedores com poucos recursos para investir, pensem bem sobre isso: Não adianta gastar rios em dinheiro para montar uma fábrica, se você não despertar desejo. Não adianta gastar rios de dinheiro em campanhas enormes se você não possui uma marca coesa. Não adianta gastar todo seu dinheiro no desenvolvimento de software, se ele não for relevante.
O tempo das pessoas é cada vez mais escasso e as ofertas disponíveis são abundantes. Prestar atenção e optar por seu negócio ou do vizinho se dá em um instante, portanto ele deve ser relevante e encantador ao mesmo tempo para adquirir e manter clientes.
Hoje muito se fala em MVP (Minimum Viable Product), o que é correto, mas que deve ser olhado com cautela sobre o “mínimo” a ser testado. Como disse acima, muito do sucesso de um negócio se dá pela comunhão entre relevância e encantamento, que só acontece com boas práticas de marca e experiência que o mindset do design sabe oferecer. Talvez devêssemos olhar com mais cautela para um outro termo que descobri recentemente através de John Maeda em seu CX report: o MDP (Minimum Desirable Product), um produto mínimo desejável que aborda exatamente essa perspectiva.
Imagine como sua empresa pode ser amada pelas pessoas a ponto de indicarem e falarem positivamente sobre ela para dezenas de pessoas. Pense detalhadamente nas interações que as pessoas terão com seu negócio e faça deles uma experiência encantadora.
Não é fácil, mas é possível se comprometido com esses princípios desde o início de sua jornada.