por Questtonó Manyone
Independente da área em que atua, todo profissional deve ter uma abordagem sistêmica para conseguir “orquestrar o caos” em projetos de inovação dentro de uma empresa.
Parte significante disto tem a ver com saber escolher uma ou mais metodologias adequadas para os desafios de cada projeto.
Uma boa metodologia é aquela que é profunda o suficiente para enfrentar os desafios em toda sua complexidade, e simples o bastante para ser compreendida e aplicada de maneira prática.
Existem hoje inúmeras abordagens que mesclam o pensamento criativo com o pensamento de negócio, como o Design Thinking e as metodologias ágeis. Essas abordagens devem endereçar os problemas reais das empresas – que podem ir desde alinhamento interno, formas de ler o mercado consumidor, necessidade de tirar ideias do papel e disseminar o pensamento de inovação.
Aqui na Questtonó Manyone, por exemplo, nossa abordagem híbrida entre design e estratégia tem sempre a mesma intenção, que é materializar aquilo que faz sentido para as pessoas. Pesquisamos, pensamos e desenhamos uma solução do início ao fim, considerando todos os pontos da jornada.
Todos os nossos projetos seguem a linha de pensamento do design – sempre utilizando o modelo de double diamond (abaixo). Essa é a forma por trás da nossa abordagem, seja para um projeto de Branding, produto ou até mesmo outros mais completos de CX.
E como isso pode se relacionar com a escolha das metodologias de um projeto?
Nós definimos as metodologias que serão aplicadas de acordo com três pontos: a língua que o cliente fala, os problemas que querem resolver e a lente do design thinking.
Como a língua é algo vivo, a escolha de palavras muda de tempos em tempos. O campo semântico se atualiza de acordo com o que faz mais sentido no momento. Então, o que em 2018 poderia ser considerado um projeto de experiência de marca, hoje é um projeto de CX. Metodologicamente, muda muito pouco – apenas uma maturação do “como fazer”.
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Quanto à abordagem de design e a conexão com a solução dos problemas, um bom caminho é considerar em qual das 4 etapas do double diamond o seu projeto de inovação se encontra, para em seguida pensar sobre qual metodologia pode ser aplicada a tal momento. São elas:
1 – IMERSÃO
Nessa fase são formados os pilares fundamentais de uma jornada de inovação: é preciso decodificar o contexto e a cultura emergente, as crenças e o comportamento dos usuários, assim é possível antever questões que trarão impacto nos negócios.
Só que entender o contexto vai muito além de realizar uma simples pesquisa. Uma imersão profunda deve considerar aspectos que englobam o negócio como um todo, incluindo questões da sociedade como contexto econômico local e sustentabilidade, por exemplo.
Aqui é possível utilizar diferentes técnicas de pesquisa, presencial e online, como invasão de cenário, home visits, e diário de uso, dentre outras. A clareza sobre o comportamento do usuário e seu sistema de crenças vai permitir a construção de pontes entre planejamento e execução.
2 – ANÁLISE
A partir dessas investigações, deve ser elaborado um raio-x do usuário e definidas as personas estratégicas, que variam de acordo com parâmetros como estilo de vida, motivações de uso, benefício esperado e crenças. Os anseios e o comportamento do consumidor são consolidados em territórios de oportunidade como High-Value Experiences (HVEs). Sem esse panorama, não se constrói um sistema de experiência com significado e relevância.
Também podem ser utilizadas novas técnicas de pesquisa de acordo com a necessidade de aprofundamento do projeto, da abrangência dos perfis investigados e do tempo disponível para o desenvolvimento de uma solução.
3 – IDEAÇÃO
Para visualizar o próximo passo há a fase de ideação, que traz a bagagem do que foi assimilado na análise. É hora de pensar como seriam esses novos produtos, serviços e experiências, que podem ser estruturadas em sistemas de CX ou exploradas isoladamente. No entanto, a visão de CX é fundamental para entender se essa solução é desejável, possível, viável e sustentável.
Na prática, são geradas dezenas de ideias que ampliam a perspectiva da experiência do cliente e ajudam os gestores a tomarem decisões de negócio mais assertivas, por meio de conceitos representados de forma tangível como mapas de jornadas, storyboards e renderings, dentre outros.
É comum entrar a metodologia de design sprint: com uma agenda definida durante a semana, o grupo é conduzido por um facilitador na criação das soluções, que podem ser físicas ou digitais. Mais tarde, essas propostas devem ser testadas e validadas.
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4 – DESENVOLVIMENTO
Para tangibilizar os insights estratégicos e tirar ideias do papel para que elas ganhem forma e tração dentro das companhias, é fundamental a criação de protótipos e coleta de feedback dos consumidores, o que ajuda a gerar insights para a definição futura do projeto.
Em seguida, é hora de colocar em prática a inovação. Aqui, a escolha de uma metodologia depende do tipo de desafio. Em projetos de novos negócios, por exemplo, elas devem finalizar a implementação do sistema de CX, que pode envolver marca, produto físico e digital, serviço e comunicação. Já em projetos de construção de marca, é quando é definido o conjunto de identidade visual, que pode se materializar em diferentes expressões como embalagens, presença digital, linguagem visual e verbal e brandbook.
Em outros casos, como o desenvolvimento de produtos e/ou serviços digitais, é feito o detalhamento técnico e a definição de um design system completo, com a arquitetura de informações e UX/UI com definição e especificidade de todos os assets que serão utilizados.
Parceiros de inovação
É comum que empresas busquem parceiros de inovação para ajudar a somar na construção de projetos complexos, ou aqueles em que a empresa não dispõe de todos os recursos para resolver sozinha.
Para isso, é importante considerar aqueles que conseguem estar presentes em diferentes fases de um projeto, desde a estratégia até a prototipagem de soluções e a definição de como elas serão aplicadas.
Essa presença vai além de só manter a coerência do que foi definido na estratégia: ela traz tanto benefícios racionais, como a economia de recursos (tempo e dinheiro); mas também há um lado mais emocional, em que a jornada se torna mais duradoura e acaba criando uma relação de confiança mútua.
Quer criar projetos de inovação com a metodologia adequada para a sua empresa?
Somos uma consultoria híbrida de estratégia e design que transforma negócios para o agora.
De Hong Kong a São Paulo, Nova York a Copenhagen, mapeamos novas oportunidades de negócios e criamos experiências relevantes para as pessoas por meio do design sistêmico. Acreditamos que soluções criativas eficientes só são possíveis quando orquestradas como um todo, e não como partes isoladas.
É por isso que associamos design e tecnologia a um profundo conhecimento do comportamento humano e de estratégia de marca para construir ecossistemas de experiência complexos, que envolvem da estratégia à execução de sistemas inteiros, com serviços e produtos, físicos e digitais.
Você pode conhecer a fundo a nossa abordagem de inovação através do design e também entrar em contato com a gente para avançar no seu projeto.