por Lucas Alves, estrategista de conteúdo da Questtonó Manyone
Não sabendo que era impossível, foi lá e inovou. Não é preciso ser especialista para saber que inovar não é um ato de mágica ou iluminação, e sim um trabalho que exige muita dedicação e estratégia. Mas como começar o processo de inovação na sua empresa?
Seja você um gestor ou profissional inovador, você deve saber que existe uma série de etapas do processo de inovação, momentos de uma jornada que precisam ser respeitados. E se o início dessa jornada não for executado de forma correta, há um grande risco de todo o trabalho que vem depois ser jogado por água abaixo.
Veja essa lista de 5 lições fundamentais para saber como começar o processo de inovação do seu negócio sob a lente estratégica do design:
1 – Não tema em ser o “defensor da inovação”
É muito fácil esperar que sua organização abrace a inovação como um todo, mas muitas vezes são os próprios indivíduos que levantam essa bandeira primeiro. E até sozinhos, compram uma determinada batalha e fazem o movimento em busca de disseminar uma nova visão na empresa.
É natural que os sistemas que já existem dentro da organização não queiram perder o poder, e isso acontece sempre que propomos novas formas de fazer e organizar as coisas. Esses sistemas que já estão pré-estabelecidos se beneficiam desse lugar e podem criar barreiras para a mudança.
Existe uma curva de aprendizagem no processo de inovação, e é necessário construí-lo aos poucos para evitar um completo choque estratégico na cultura organizacional. Para isso, é fundamental que os inovadores batam no peito e dominem a condução desse processo. E fique tranquilo, porque lá na frente o resultado vai vir.
– Ouça o episódio “Superando barreiras para inovar em uma megacorporação”, do nosso podcast LadoQ
2 – Transforme o significado do erro
Se você perguntar dentro de qualquer empresa, é provável que 100% dos líderes vão dizer que são a favor da inovação. Ao contrário das mudanças simples e incrementais que já melhoram um negócio, a verdadeira inovação gera um desconforto em toda a cadeia da organização, e topar entrar nessa jornada exige aceitar grandes riscos.
É por isso que o principal momento da tomada de risco acontece quando as coisas dão errado. Nessa hora, é fundamental ter o “patrocínio da liderança”, que é quando o gestor emite uma opinião favorável ao que aconteceu, de que aquela tentativa foi essencial para a construção do negócio e todos vão aprender com ela. Se esse reforço positivo não acontece, a cultura de inovação fica comprometida. As pessoas em volta terão a impressão de que não adianta tentar fazer diferente, e acaba-se criando uma ‘organização da média’, na qual todos fazem somente aquilo que é necessário.
“Trabalhar com inovação significa promover uma transformação gigante na vida do consumidor. Se a empresa topa acelerar essa agenda, tem que ter um ambiente favorável a isso: tanto nos processos, quanto na tomada de risco e na cultura organizacional”
– Felipe Cerchiari, Diretor de Inovações da Ambev
3 – Inovação não serve só para criar novos produtos
Ao tentar entender quais são as oportunidades de valor que a inovação pode dar, compreenda que o benefício está não apenas na criação de novos produtos ou serviços, mas no fomento de cultura interna da organização.
Por que um esforço de inovação não pode ajudar pessoas de diferentes setores a crescer profissionalmente dentro da empresa, por exemplo? Assim é capaz até que eles comprem e lutem por essa bandeira com você. Se dedique para investigar e encontrar as melhores oportunidades de inovação possíveis, assim você irá se dedicar àquilo que mais pode transformar positivamente o negócio.
– Leia também: O que considerar na hora de escolher uma metodologia de inovação
4 – Tenha um mapa de comportamento do usuário
Entender o contexto e as pessoas em profundidade formam os pilares fundamentais de uma jornada de inovação.
Ter um mapa de comportamento do seu usuário é a melhor forma de minimizar riscos e maximizar as chances de sucesso de um projeto. Ele estabelece bases sólidas para gestores conduzirem as transformações que impactarão seus negócios positivamente.
Decodifique a cultura emergente, as crenças e comportamentos atuais de seus usuários para criar soluções que sejam verdadeiramente relevantes para ele. A capacidade de antecipar e se adaptar ao contexto dele é o que vai determinar a sobrevivência do negócio.
5 – Ressignifique o longo prazo
Reflita sobre a velocidade do quanto vemos o mundo se transformar diante dos nossos olhos hoje. O que significa realmente ter uma meta ‘a longo prazo’?
Precisamos ressignificar essa visão, sem apego a ela, mas com diretrizes que permitem com que a organização aprenda e vá construindo isso ao longo da jornada.
Se as metas forem simplesmente jogadas como algo a ser alcançado, é possível que isso se perca ao longo do caminho e impeça as pessoas de enxergar novos contextos.
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